Final 3º capitulo...

A excitação atingia agora o pique máximo pois Hogwarts aproximava-se rapidamente. Foi com uma sublime alegria que os alunos trocaram de roupa, vestindo os uniformes da escola. Era sempre um momento especial, pensou Harry, vestir o uniforme era abraçar Hogwarts, “vestir” a magia!
Saíram do comboio, caminharam por um caminho estreito que levava ao lago negro. Uma pequena frota de barcos levou-os até uma gruta que desembocava numas escadas. Subiram as escadas e chegaram a uma porta que se abriu deixando antever um enorme hall de pedra magnificamente polida. Por instantes Harry conseguiu vislumbrar a porta que permitiria entrar no grande salão nobre, iluminada por uma chama inconstante que se consumia com esplendor, oferecendo um jogo de luzes deslumbrante, mas o seu ângulo de visão foi rapidamente bloqueado pela pequena confusão que a entrada no castelo sempre causava, milhares de alunos voltavam a sentir a magia de Hogwarts, o mundo mágico abraçava um dia pleno de glória…mal sabiam eles que o vento não sopra sempre com a mesma intensidade, e que se uma pequena briza trazia esperança, estava ainda um furacão preparado para varrer todos os sorrisos, trazendo no sopro do medo uma noticia que mudaria o mundo. Um murmúrio encantado provinha daquele hall em que todos esperavam, já mais ou menos aconchegados pelo terno ambiente do castelo. De novo se viam os prefeitos gritar instruções para manter a ordem, de novo se viam caras de sorriso mágico, pois poucos sabiam a verdade, apenas eles… Tentando manter um sorriso desenhado no rosto, Harry e os outros sentiam-se deslocados no meio de tantos alunos…tinham no entanto decidido acompanhálos por recearemo pior, era tempo de se protegerem, de proteger a vida dos seus filhos, que amavam acima de tudo. Lentamente a excitação foi abrandando até se chegar a um nível de silêncio quase absoluto. Uma pequena porta foi aberta e dela surgiu a professora Macdonagall, com a sua pose dura, contudo deslumbrante, num misto de ternura e rigidez. Harry sentiu-se transportado no tempo, mergulhando profundamente nas teias da memória: o primeiro dia… Harry ali, esperando pela magica entrada no salão, no que prometia ser um mundo de fantasia…o medo da selecção, sentir Hogwarts pela primeira vez… tinha sido a Professora Macdonagall a recebê-lo; Harry sentiu uma súbita vontade de voltar, de ter onze anos outra vez e poder descobrir a magia pela primeira vez, de passar tardes na relva junto ao lago na companhia de Ron e Hermione, de passar noites na sala comum embevecido pelo calor da chama da amizade. Saudades de aventuras que o esperam a cada momento… A porta do grande salão abriu, despertando Harry do seu transe . O grande salão aparecia deslumbrante, com as suas quatro mesas dispostas em filas, uma para cada casa, onde o ouro dos pratos reluzia em conjunto com a prata dos talheres, milhares de candeias que tombavam no ar faziam dançar a luz voando sobre um céu magnifico, aveludado, que imitava a noite de forma soberba, com estrelas brilhantes que guiavam os espíritos, trazendo esperança! Uma lua branca imperava naquele céu mágico guardando as almas da magia. Nas paredes as bandeiras das casas impregnavam a sala com o perfume das cores: vermelho, dourad, escarlate, verde…sublime! O chão brilhava, sorrindo para a noite. Várias lareiras abrigavam lumes felizes , que falavam com os sonhos ao aquecer o ambiente. Por trás da magnifica mesa de mogno polido e brilhante de tons castanhos serenos, onde se sentavam os professores, estavam colocadas sete magnificas árvores de natal, iluminadas com as cores da ternura e do amor, da paz e da amizade, da compaixão e da esperança. As recordações abatiam-se sobre Harry à medida que ia entrando no salão, deixando-o abismado com a força da magia de Hogwarts, que resplandecia em puro esplendor. Mais algumas mesas tinham sido acrescentadas onde já se encontravam sentados todos os feiticeiros da comunidade mágica. O ambiente era de amizade e festa…mal sabiam eles… Os professores estavam sentados; Harry acenou a Neville e a Hagrid, apresentavam expressões que contrastavam com a da maioria. De pé, por trás do púlpito com uma fénix brilhantemente talhada na madeira, encontrava-se Kingsley, o ministro da magia esperava pacientemente que todos se sentassem. Harry, Ron, Hermione e Ginny encontraram lugares numa mesa junto do púlpito. Um coro entoava canções felizes…quando todos se sentaram a canção cessou e o silêncio imperou; foi Kingsley que rompeu o silêncio:
- Bem vindos, caros feiticeiros e feiticeiras, caros alunos de Hogwarts! Hoje é um dia de respostas…começo por vos pedir desculpas pela forma como as respostas vos foram sonegadas até agora, contudo existem fortes razões que motivaram a formacomo o ministério actuou, como poderão comprovar; Pensei muito sobre como deveria começar. Decidi ser mais sensato começar pelo inicio: a queda do mago negro aqui mesmo neste salão pelas mãos de um jovem feiticeiro que todos conecemos e admiramos – uma salva de palmas sentidas fez-se ouvir e até as estrelas brilharam com mais intensidade, Harry corou ao ver o entusiasmo com que os seus filhos batiam palmas; - Foram dias terríveis, oh sim; dias que apenas a amizade e os laços fortes de amor e compaixão conseguiram atenuar. Mas dias que ultrupassamos, ainda que sem a presença de um dos maiores feiticeiros de todos os tempos: Albus Dumbledore- nova salva de palmas… - Mas o que vocês não sabem é a razão pela qual a magia cessou…porque nos abandonou a nossa maior aliada, a rainha do nosso mundo? Bem, a resposta não é simples…e não serei eu a contar-vos; - Um canto mágico soou no salão, falava de amizade e esperança em dias negros de medo e trevas onde a chama do amor aquecia o coração dos justos. Era uma melodia que todos conheciam mas que há muito não se ouvia. As lágrimas desceram nalguns rostos. Uma Fénix de plumagem vermelha, magnifica, surgiu sobrevoando de forma magistral todos os presentes que, confusos, reconheciam a criatura mágica. A fénix foi pousar no púlpito que Dumbledore costumava usar, Kingsley afastou-se. Uma luz brilhante invadiu a sala, ofuscando todas as estrelas do falso céu, incandeando a lua, levando todos os presentes a fechar os olhos. O barulho de passos fez-se ouvir. O canto atingia notas sublimes…a luz sem calor foi desvanecendo…lentamente todos abriram os olhos e sons de espanto acompanharam gritos assustados: Albus Dumbledore aparecia deslumbrante, com a fénix pousada no ombro, envergando vestes azuis brilhantes e de cara serena, com a sua longa barba cor de pérola descendo pelo corpo. Os óculos de meia lua a cair no nariz, e as mãos levantadas num gesto de amor e saudade. Albus Dumbledore estava vivo e ali, no salão de Hogwarts, no seu salão!

3 Comments:

  1. Player93 said...
    esta muito cada vez melhor...
    so falta uma coisa...
    tempo para escreveres mais depressa!
    e que e um bocado chato estar a esperar pelo proximo capitulo...Mas vale a pena
    continua assim, eu ja sou tua fa!!!
    Anônimo said...
    Bem esta parte ainda me deixou mais ansioso. Continua por favor. E não fiques muito tempo sem escrever também. Obrigado. Estou a aguardar pelo quarto capítulo.
    Igdrasil said...
    Cara Onlinecrazygammer:

    O tempo realmente é muito escasso e prefiro apenas postar quando os capítulos já estão perto da perfeição que lhes consigo imprimir dentro das minhas grandes limitações. O quarto capítulo será postado o mais rapidamente possível e será talvez o melhor capítulo de todos pois finalmente vou poder descrever uma pequena batalha que é onde sinto que a minha escrita evolui mais facilmente; Obrigado por mais uma visita, espero que voltes para a continuação...

    Caro Francisco: Fico contente por esta parte te deixar ansioso por mais porque sinto que o quarto capítulo será muito intenso, penso que vais gostar pois se neste capítulo o que mais gostei foi da descrição do salão nobre no 4º gosto de toda a acção. Obrigado por mais uma visita e espero que voltes para mais um capítulo.

    Roberto Mendes

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